
Com uma equipe especializada atuando nas penitenciárias, o projeto conduzido pela Coordenadoria Administrativa de Execução Penal (Caep) garante que cada novo detento passe por uma triagem detalhada e humanizada, identificando necessidades de saúde, falhas documentais e direitos que possam impactar diretamente sua trajetória no sistema prisional.
O projeto teve início em julho de 2023 e funciona nas penitenciárias Desembargador Sílvio Porto, Flósculo da Nóbrega (Róger) e Mª Júlia Maranhão, em João Pessoa, além das penitenciárias Raimundo Asfora (Serrotão) e Padrão (Máxima), em Campina Grande, onde mais de 4 mil análises processuais e 2 mil atendimentos jurídicos já foram realizados até outubro de 2024. Além disso, foram elaboradas mais de 700 petições, reforçando o comprometimento da Defensoria em proteger os direitos e a dignidade dos assistidos.

O diretor da Penitenciária Sílvio Porto, Gilberto Rio, conta que o projeto se tornou essencial no dia a dia do presídio, com atendimentos às quartas-feiras, com os presos recém-chegados à unidade. “A iniciativa tem sido muito elogiada pelos próprios apenados, que sentem a eficácia do atendimento. Em alguns casos, o preso pode ser atendido duas ou três vezes ao longo do ano, pois além destes atendimentos iniciais, têm os atendimentos rotineiros com todos os privados de liberdade da unidade, o que demonstra o compromisso da Defensoria com essa população”, afirma o diretor.

Waldelita acrescenta que o projeto contribui e complementa o atendimento periódico das defensoras e defensores públicos que já atuam nos estabelecimentos penais, com o foco na identificação das demandas iniciais, tanto processuais, quanto psicossociais.
“Com o Porta de Entrada, a Defensoria Pública oferece não apenas atendimento jurídico especializado, mas também um acompanhamento mais atento e humanizado, contribuindo para transformar a realidade de quem está em situação de privação de liberdade, além de reforçar o seu compromisso com a justiça e a dignidade humana”, ressaltou Waldelita.
Por Ícaro Diniz e Larissa Claro