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O concurso é organizado pela Coordenadoria Administrativa da Execução Penal (Caep) da DPE-PB e é aberto às reeducandas da Paraíba, com o objetivo de incentivar os estudos e despertar o interesse por temas relacionados à educação e cidadania. Quatro poemas foram vencedores, um em cada unidade prisional, conforme estabeleceu o edital do concurso.

Para a diretora adjunta da Penitenciária Feminina de João Pessoa, Márcia Estrela, essas oportunidades educacionais são ferramentas valiosas para as reeducandas. “Por meio dessas iniciativas, nós, do sistema penitenciário, podemos ver como a educação é libertadora, porque o processo de ressocializar as pessoas privadas de liberdade deve incluir a reconstrução da vida de cada uma delas, e a educação é o início para tudo isso”, pontuou.
Para a reeducanda Marília de Carvalho Marinho, vencedora do concurso no âmbito da Penitenciária Feminina de João Pessoa, o ensino dentro das unidades é uma ferramenta de transformação essencial no processo de ressocialização. “Depois que esses projetos de educação foram criados, não só eu, mas várias reeducandas puderam mudar de vida. Hoje eu vejo o sistema prisional como uma escola, onde recebemos qualificação e ensino, e mais oportunidades ao sair do sistema”, afirmou.

VENCEDORAS – Na Penitenciária Feminina de João Pessoa, a reeducanda Marília de Carvalho Marinho foi a autora vencedora. Já na Penitenciária Feminina de Campina Grande/PB, o texto vitorioso teve autoria coletiva. Participaram as reeducandas Fabiana de Aquino Lima, Alana Thayse campos Soares, Andrea Justino dos Santos, Josefa Danusa de S. Ramos, Thayna Hellen de Aquino Lima, Pamela Nicoly B. da Silva e Aldenice Gomes do Nascimento.

PREMIAÇÃO – As vencedoras receberam livros de escritoras paraibanas com dedicatória das autoras ofertados pela Academia Paraibana de Letras (APL) e brindes da empresa São Braz. Em João Pessoa, a vencedora e as autoras premiadas com Menção Honrosa também foram contempladas com um almoço oferecido pelo Restaurante Santa Grelha. “Gostaria de agradecer a todos os parceiros que acreditam na importância da ressocialização, sobretudo ao defensor público Gerardo Rabello pelo empenho na realização desta premiação”, agradeceu Waldelita.
Por Ícaro Diniz