Por: Matheus Wendell* – Publicado em: 12.02.2020
No município de Triunfo, Sertão da Paraíba, uma comunidade remanescente de quilombolas – e que vive no município desde os anos 1950 – luta para ter o reconhecimento da Fundação Cultural Palmares. O caso está sendo acompanhado pela ouvidora geral da Defensoria Pública do Estado da Paraíba, Andréa Coutinho, que esteve na comunidade na última semana para dialogar com as famílias e atestar, in loco, as demandas oriundas da população. A comunidade cigana que vive na cidade de Sousa também recebeu a visita da ouvidora durante sua incursão pelo Sertão.

Sobre a situação da comunidade, a defensora pública Aline Mota explicou que a regularização depende do envio de uma documentação que precisa ser aprovada pela Fundação Cultural Palmares. “Eles já vinham tentando há algum tempo, mas pudemos observar durante a visita que há problemas na padronização dos documentos. Então, estamos prestando essa assessoria, fazendo adequações no texto e entrando em contato com a Fundação para que em breve esse grupo remanescente de quilombo seja oficialmente reconhecido como tal”, disse Aline Mota, que atua na Comarca de Cajazeiras.

Um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) chegou a ser firmado em parceria com o Ministério Público Federal (MPF), ainda em 2019, direcionado a diversas secretarias municipais da Prefeitura de Sousa com o objetivo de buscar solução para os problemas que atingem as famílias ciganas, como é o caso da assistência a saúde. Nesta última visita, Iara Bonazzoli constatou que o TAC não está sendo cumprido e afirmou que a DPE tomará as medidas cabíveis.
*Estagiário
