
“Após diálogos realizados com a PMJP sobre a acessibilidade na Av. Epitácio Pessoa, obsevamos que eles nos atenderam e estão realizando as obras observando a acessibilidade reclamada pelo segmento PCD”, comemorou a defensora pública Fernanda Peres, coordenadora de Promoção das Pessoas com Deficiência da DPE-PB.

“É gratificante saber que estamos contribuindo para o caminhar livre e seguro de todas as pessoas, especialmente em uma avenida tão importante como a Epitácio Pessoa. Percebemos que alguns pontos indicados por técnicos e usuários com deficiência já estão sendo atendidos, continuaremos observando para que as melhorias sejam feitas”, ressaltou o arquiteto e membro do Lacesse, Eduardo Almeida.
Carol Vieira, do Fórum de Luta das Pessoas com Deficiência da Paraíba, também comemorou: “Enquanto sociedade civil organizada atuando pelo Fórum, consideramos que é o início de uma construção coletiva e participativa tendo a sociedade civil de pessoa com deficiência como participe do processo também. Só quem vive a realidade da acessibilidade urbana somos nós, usuários, principalmente aqueles com dificuldade de locomoção. Por isso nos escutar é fundamental”, disse.
COMISSÃO DE ACESSIBILIDADE – Outro motivo de celebração para o grupo, acrescentou a defensora Fernanda Peres, foi a formalização da Comissão de Acessibilidade, que passou a ser consultada previamente pela PMJP para verificação de acessibilidade em obras futuras. “Isso é um ganho imensurável para o segmento. Agora esperamos que as demais sugestões também sejam acatadas e colocadas em prática pelo Poder Público”, destacou.
“É muito importante que haja sempre esse diálogo entre poder publico e sociedade civil. Acredito que, com a constituição da Comissão Permanente de Acessibilidade, isso deva ocorrer com mais frequência, contribuindo ainda mais para a promoção de acessibilidade na nossa cidade”, acrescentou Eduardo Almeida.
CONFIRA AS SUGESTÕES FEITAS PELA COMISSÃO PARA TORNAR A OBRA ACESSÍVEL:
– Mapeamento dos lugares que não apresentem recuo frontal com dimensões suficiente para o estacionamento de carros e realizar a interdição destas vagas através da elevação do meio-fio impedindo o fluxo de carro sobre o passeio público.
– Optar pela implementação do piso tátil no eixo da faixa livre da calçada dos trechos onde a obra não foi iniciada e, onde a obra já foi finalizada, proporcionar a mudança de direção do piso tátil direcional onde estes coloquem o usuário em risco iminente de colisão com equipamentos ou barreiras arquitetônicas instalados em cima ou muito próximos ao piso tátil.
– Garantir o contraste cromático (claro-escuro) entre as cores da sinalização tátil e do piso adjacente. Seguir os contrastes recomendados na figura 10 da NBR 16537:2016.
– Eliminar qualquer desnível existente entre o término do rebaixamento da caçada e do leito carroçável e garantir a drenagem da água pluvial evitando o empoçamento na área de rampa.
– Inserção de novas faixas de pedestres, preferencialmente nas proximidades das paradas de ônibus, para possibilitar um menor trecho entre travessias.
– Disponibilização do piso tátil nas proximidades das paradas de ônibus em conformidade à norma legal.
– Campanha de conscientização, mediante propaganda nos meios de comunicação (Internet, televisão, rádio, entre outros).