A Defensoria Pública da Paraíba (DPE-PB) se reuniu na manhã desta quinta-feira (24) com a diretora de Programa da Secretaria de Atenção Especializada à Saúde do Ministério da Saúde (SAES/MS), Flávia Bonsucesso, e movimentos LGBTQIAPN+ da Paraíba para discutir políticas públicas e melhorias nos serviços prestados a essa população no estado. O encontro aconteceu na sede administrativa da Defensoria.
A audiência foi conduzida pela coordenadora do Núcleo Especial de Saúde e da Coordenadoria da Diversidade Sexual, Maria dos Remédios Mendes. Estiveram presentes no encontro, líderes de movimentos sociais da Paraíba, a exemplo do Movimento Iguais, Coletive Não-Binárie, Movimento do Espírito Lilás, Associação de Travestis, Transexuais e Transfeministas da Paraíba e Coletivo Petris.

“Atendendo a um pedido nosso, a diretora veio até a Defensoria Pública para que pudéssemos debater sobre todos esses temas. Diariamente, recebemos várias solicitações dos movimentos sociais e procuramos solucionar essas questões. Além dos diversos problemas apresentados, as principais demandas atualmente são a falta de hormônios para essa população e a fila de espera para cirurgias, que hoje é imensa. Falta expertise médica e profissionais para que elas sejam realizadas”, ressaltou a coordenadora Maria dos Remédios.
A diretora de Programa da Secretaria de Atenção Especializada à Saúde (SAES) do Ministério da Saúde, Flávia Bonsucesso, destacou que o objetivo é fazer a pactuação de cirurgias com municípios e com o próprio estado da Paraíba, para que as pessoas sejam atendidas de forma qualificada.

A pactuação com o estado também contemplará a redução das filas e a diminuição do tempo de espera para as cirurgias. Um programa de incentivo à realização de cirurgias de redesignação sexual também será feito futuramente.
Para Andreina Gama, presidente da ASPTTRANS-PB, as iniciativas irão contribuir para o reconhecimento de direitos. “Estamos tratando de uma pauta que é importante para nós. A partir do momento em que o Ministério da Saúde nos ouve e se importa com a comunidade, debatemos amplamente sobre os problemas que nos afetam. A nossa saúde precisa ser vista desde a atenção básica até a especializada. É o nosso direito. Essas medidas são um reconhecimento de que a população está sendo vista e não invisibilizada”, destacou.
AGENDA – Após a audiência na Defensoria Pública, a representante do Ministério da Saúde, Flávia Bonsucesso, se encontrou com o Grupo de Pesquisa e Extensão Loucura e Cidadania (LouCid) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), e realizou visitas à Secretaria de Estado da Saúde e ao Hospital Clementino Fraga, no horário da tarde.
Por Daiane Lima
