
O II Encontro Nacional de Capacitação da Defensoria Pública sobre Litígios e Processos Estruturais é realizado pelas Escolas Superiores da DPE-PB e da Anadep (Enadep) e segue nesta sexta-feira (21) com a formulação da Carta de Tratamento Adequado dos Litígios e Processos Estruturais pela Defensoria Pública (Carta de “João Pessoa – Paraíba”), com apresentação de propostas práticas sobre o tema. O momento é mediado pelo defensor público do Estado de São Paulo, Júlio Azevedo.
A abertura do evento contou com a participação remota do presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), o paraibano Herman Benjamin. O jurista falou sobre a complexidade dos processos estruturais e o início da discussão do tema no judiciário, além de destacar a importância do interesse das Defensorias Públicas pela temática. “A Defensoria tem a oportunidade de acrescentar ao seu portfólio, que já é de inúmeras responsabilidades – e todas elas muito importantes, uma temática que vai levar o Brasil, quem sabe, a resolver a curto prazo essas grandes questões que afetam, sobretudo, os vulneráveis”, pontuou o presidente do STJ.
O evento seguiu com a mediação da defensora pública do Rio Grande do Sul e diretora da Enadep, Patrícia Kettermann. O primeiro convidado foi o secretário judicial da Presidência do STJ e professor da FDRP/USP, o juiz Fernando da Fonseca Gajardoni. Ele falou sobre “Procedimento Processual nos Conflitos Estruturais”.

Para a diretora da Escola Superior da DPE-PB, Monaliza Montinegro, a participação das Defensorias nesta discussão é fundamental: “A Defensoria está muito engajada nessa pauta, pois já atuamos com isso há muitos anos. Lidamos há tempos com questões estruturais e somos a porta de entrada, estando presente nas comunidades para dialogar sobre o tema. Precisamos estar à frente dessa discussão para garantir nossa devida inserção na aprovação desse projeto de lei”, ressaltou.

A programação foi composta por dois blocos de palestras e discussões práticas. O encontro reuniu defensores(as) públicos(as), representantes de outras instituições públicas, como Ministério Público e Judiciário, além de acadêmicos(as) e pesquisadores(as) das áreas de Direito, Sociologia, Ciência Política e correlatas.
PROCESSOS ESTRUTURAIS – Processos estruturais são ações judiciais voltadas para resolver problemas complexos que afetam um grande número de pessoas e envolvem mudanças em políticas públicas ou no funcionamento de instituições.
Texto: Felipe Bezerra
Fotos: Roberto Marcelo




















