Por: Larissa Claro – Publicado em: 11.12.2019
A defensora pública Lycia Maria Pereira do Nascimento, designada para atuar em casos de intolerância religiosa, participou no último dia 8 de dezembro, em Cabedelo, do evento em homenagem a “Rainha do Mar”, Iemanjá. Há 10 anos a data não era festejada na cidade, depois que membros de religiões de matizes africanas sofreram atos de intolerância. Este ano a festa teve o apoio da Prefeitura Municipal de Cabedelo e contou com cortejo, oferendas e apresentações culturais.

A defensora pública ressalta que, embora Cabedelo seja uma cidade praiana e o culto a Iemanjá esteja enraizado em sua história, com o passar dos anos, os festejos em torno dessa data perderam força em meio ao preconceito, intolerância, desconhecimento e a falta de incentivo do poder público.

“Hoje estamos aqui para prestigiar a festa de Iemanjá que há 10 anos não acontecia por atos de intolerância religiosa. Nós viemos aqui para lembrar que desrespeitar os direitos das pessoas de manterem as suas crenças religiosas é crime. Deus não tem dono. Deus não é propriedade minha, nem sua, mas de todos que o buscam de coração limpo”, disse a defensora na ocasião.
Fonte: Ascom Cabedelo
