
Em João Pessoa, Campina Grande e Patos, 108 famílias foram atendidas durante a ação, que aconteceu simultaneamente em vários estados do país através de uma iniciativa conjunta das Defensorias Públicas estaduais e do Conselho Nacional de Defensoras e Defensores Públicos-Gerais (Condege). Na Paraíba, além dos exames de DNA oferecidos gratuitamente pelo Hemocentro, o mutirão também contou com a parceria do Programa Cidadão, de emissão de documentos, gerido pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Humano (Sedh).

“As nossas famílias se conhecem no interior, tem contato. Quando eu comecei a perguntar quem era o meu pai, a família dizia que era ele, mas com desconfiança. Eu e ele conversamos algumas vezes, mas sempre com essa dúvida. Então fiquei sabendo do mutirão e vi que seria a oportunidade de finalmente esclarecer isso. Perguntei se ele se incomodaria de fazer o exame e ele aceitou tranquilamente”, conta Mikaely. Embora a ansiedade pelo resultado seja grande, ela garante que o coração está tranquilo. “Seja o que Deus quiser. Se for positivo, ficarei feliz em saber que ele é o meu pai e que me reconhecerá como sua filha. Se der negativo, não mudará o carinho que eu já tenho por ele”, disse.

Ela conta que criou a filha biológica do seu companheiro desde os 21 dias de nascida. A mãe biológica da criança, conta a dona de casa, desapareceu depois de deixar a filha com o pai ainda recém-nascida. Muito emocionada, ela diz que realizou um sonho: “Tudo que eu mais queria nessa vida era isso. É o melhor presente que eu poderia ganhar e sou muito grata a Deus e a Defensoria Pública”, disse.

BALANÇO – Em João Pessoa, dos 25 atendimentos feitos pelo Núcleo Especial de Proteção à Infância e da Juventude (Nepij), 19 foram acompanhados de coleta de sangue para o exame de DNA. Mais 38 atendimentos foram realizados pelo Programa Cidadão, com a emissão da Carteira de Identidade Nacional (CIN) de crianças e adolescentes. Em Campina, 24 famílias foram atendidas no mutirão, sendo 17 encaminhadas para exame de DNA. Em Patos, foram 21 atendimentos e nove testes de paternidade.

Esta foi a primeira vez que a Defensoria da Paraíba conseguiu estender o mutirão para duas unidades do interior. Em 2022, a ação chegou até Campina Grande e, no ano passado, apenas a Capital realizou o mutirão.
“A ação ‘Meu Pai Tem Nome’ tem sido um sucesso crescente na Paraíba. Em 2024, expandimos para mais três cidades, alcançando um número ainda maior de famílias que buscam o reconhecimento de paternidade. Esse aumento na participação reforça a importância do projeto e o impacto positivo que ele tem na vida dos paraibanos”, avaliou o coordenador do Nepij, o defensor Rodrigues Júnior.
Por Larissa Claro
 
				















 
								 
								 
								 
								 
								 
								