
Relatórios formulados pelo Conselho Nacional de Defensores Públicos Gerais (Condege) e pela Defensoria Pública do Rio de Janeiro (DP-RJ) apontam que o procedimento de reconhecimento fotográfico em delegacias do país possui falhas. Eles analisaram casos encaminhados por defensores públicos de vários estados, a pedido da Comissão Criminal do Condege, sobre o reconhecimento fotográfico em sede policial.
De acordo com os documentos, de 2012 a 2020 foram realizadas ao menos 90 prisões injustas por meio de reconhecimento fotográfico. Desse total, 79 contam com informações conclusivas sobre a raça dos acusados, sendo 81% deles pessoas negras, somando-se pretos e pardos conforme a definição do IBGE.
CONVIDADOS – Além de defensora, Lara Teles é professora de pós-graduação em Direito e Processo Penal da Universidade de Fortaleza, mestra em Direito pela Universidade Federal do Ceará; autora da obra Prova Testemunhal no Processo Penal: uma proposta interdisciplinar de valoração (EMAIS, 2019 e 2020); e integrante do Departamento de Publicações do Instituto Baiano de Direito Penal e Processual (IBADPP).
